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Os custos de um funcionário para a empresa vão muito além do salário ou mesmo de gastos com transporte e vale alimentação. Os encargos e tributos, além de alguns benefícios previstos na CLT podem fazer o custo do funcionário quase triplicar.

Assim, para o sucesso das finanças da empresa, é preciso provisionar todos eles ao longo do ano. Então, considere as seguintes verbas trabalhistas:

13º salário;
 Adicional de férias;
 Vale alimentação e transporte;
 Plano de saúde;
 Contribuições sociais como o FGTS;
 Gastos extras com recrutamento, seleção e capacitação;
 Gastos excepcionais como no caso de demissão e licenças (ainda que nesses casos o INSS faça o reembolso depois).

Alguns desses custos são obrigatórios, fazem parte de acordos coletivos ou da estratégia do negócio, como é o caso dos treinamentos. Ainda assim, na lógica, como eles saem dos cofres da empresa, precisam ser compensados com bons resultados do profissional, certo? Então, vamos aos cálculos.

Como é o cálculo de custo de funcionário para a empresa?

Um bom ponto de partida são os custos de encargos e tributos, afinal de contas, eles serão contabilizados de acordo com o regime tributário do negócio.

Simples Nacional

É o regime tributário mais comum para micro e pequenas empresas. Ele isenta o negócio de pagar INSS patronal, SAT (Seguro Acidente de Trabalho), salário educação, contribuições ao SEBRAE, SENAI, Incra e SESI, além de ter alíquotas mais suaves.

Os custos obrigatórios são:

 FGTS (8% do salário bruto mensalmente);
 Adicional de férias (? de um salário bruto);
 13º salário (valor integral do salário).

Soma-se ainda, outros benefícios como vales transportes e alimentação, lembrando que, por lei, é possível fazer uma dedução referente à concessão desses benefícios (6% no caso do vale transporte).

Para um cálculo preciso, você pode usar a divisão tradicional da folha de pagamento, ou seja:

 Vencimentos (salário, adicionais, hora extra etc);
 Contribuições (descontos como o INSS e IRRF);
 E benefícios (descontos legais por conta de benefícios, como o vale transporte, previdência privada, plano de saúde etc).

Lucro Real ou Presumido

Nesses dois regimes, além dos custos acima, somam-se a contribuição patronal (20% ao INSS), SAT (de 1% a 3% do salário bruto), salário educação (2,5%), descanso semanal remunerado, sistema S (3,3% para o SEBRAE, SENAI e SESI) e outras porcentagens adicionais para o 13º salário e férias.

Como gerenciar a relação de custo e resultado de um funcionário?

Saber o custo de um funcionário para um negócio é uma informação muito estratégica. Com ela, por exemplo, o gestor pode determinar qual o ponto de equilíbrio do negócio (break even point), que é quando ele paga todos os seus custos fixos.

Ou seja, a partir daí, a empresa começa a lucrar.

Para uma gestão mais eficiente, o custo do funcionário também pode ser utilizado para estipular suas metas. Assim, a empresa consegue acompanhar se a contratação está gerando lucro ou prejuízo.

Esses valores também permitem provisionar as despesas do negócio e, encontrar quais os momentos mais favoráveis para novos investimentos.


Fonte: www.idinheiro.com.br