Correção monetária é um ajuste que determinada moeda sofre em relação a moedas estrangeiras e à inflação. Também é chamado de atualização monetária e seu principal objetivo é manter o valor da moeda, o que ajuda investidores a evitarem prejuízos, já que o valor investido tende a não se desvalorizar ao longo do tempo.
Para fazer o cálculo de correção monetária é possível usar vários indicadores e cada um deles será aplicado a depender da situação. Se o conceito ainda não ficou claro, vamos a um exemplo prático para acabar com qualquer dúvida:
Imagine que você emprestou dinheiro para um amigo ou instituição financeira durante 1 ano. Ao final desse período, se você receber exatamente o mesmo valor, seu dinheiro terá desvalorizado.
Para manter o mesmo poder de compra, é necessário corrigir o valor levando em consideração algum índice, como a inflação do período. Então, se você emprestou R$ 15.000,00 e a inflação do período foi de 10%, o valor a receber deve ser de R$ 16.500,00.
Repare que não estamos falando de juros, que seriam como um pagamento ou bônus por ter emprestado o dinheiro. Estamos nos referindo apenas a uma forma de manter o valor emprestado com o mesmo poder de compra.
Qual a diferença entre correção monetária e juros?
A diferença entre correção monetária e juros é que os juros são valores extras aplicados a uma dívida, seja por questões de atraso ou divisão de algum valor.
Por outro lado, a correção monetária é uma equiparação, que vai incidir sobre o valor total, incluindo os juros, e tem o objetivo de evitar a desvalorização do valor. Sendo assim, seu objetivo nada tem a ver com penalizações como ocorre nos juros.
Os dois conceitos são facilmente confundidos, pois, a grosso modo, equivalem a um valor a ser adicionado a um montante inicial. Contudo, há diferenças significativas como pudemos observar acima.
Qual a diferença entre correção monetária e deflação?
A deflação é o contrário da inflação. Ou seja, ocorre uma queda no valor de serviços e produtos em um determinado período de tempo.
Embora, em um primeiro momento, essa situação se mostre excelente para os consumidores, já que há uma maior valorização do dinheiro, a deflação pode se tornar perigosa quando persiste por um longo período.
Quando dura mais do que uns meses, a deflação pode causar uma recessão econômica, resultando em consequências ainda piores do que a inflação.
A correção monetária é um reajuste que visa impedir a perda do poder de compra em um determinado período. Mas, caso a pessoa tenha um valor a receber e haja deflação no período, ela irá receber um valor inferior, mas com o mesmo poder de compra do antigo.
Isso ocorre porque a correção monetária quer apenas evitar a desvalorização e nunca propiciar algum ganho sem fundamentos.
Fonte: www.empiricus.com.br