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O sistema que os empregadores usam para recolher o FGTS dos trabalhadores vai mudar. O governo está desenvolvendo a plataforma digital há quatro anos. Nos últimos três meses, empresas de todo o Brasil puderam simular a nova forma de recolhimento do fundo de garantia do tempo de serviço.

No Brasil, mais de 4,3 milhões de empregadores recolhem o FGTS de cerca de 42 milhões de contas de trabalhadores. O fundo arrecada, todo mês, quase R$ 14 bilhões. O trabalhador só pode sacar o saldo em casos como demissão sem justa causa, aposentadoria, para comprar a casa própria ou para se tratar de doenças graves.
 
O FGTS acumulado nas contas dos trabalhadores brasileiros também financia políticas públicas, como saneamento básico e construção de moradias.

As empresas com funcionários registrados em carteira precisam recolher uma parcela que equivale a 8% do salário do trabalhador. Esse percentual não sai dos salários. O dinheiro vai para uma conta do FGTS.

Acontece que muitos empregadores ainda deixam de fazer o depósito no Fundo de Garantia. Até setembro de 2023, os auditores do Ministério do Trabalho emitiram 52.570 autos de infração, por falta de recolhimento do fundo de garantia.

O governo avalia que, com o novo FGTS Digital, a sonegação vá diminuir. A plataforma é interligada aos dados do E-social, sistema que reúne todas as informações do contrato, para garantir os direitos do trabalhador.

A partir de 2024, a data de recolhimento do FGTS mudará do dia 7 para o dia 20 de cada mês e o pagamento será somente pelo Pix. O valor continuará a ser depositado na mesma conta que o trabalhador tem na Caixa Econômica Federal. No novo sistema, as empresas vão poder emitir guias de recolhimento, verificar os pagamentos feitos e os débitos em aberto.


Fonte: www.g1.globo.com