As principais diferenças entre atacado e varejo são: o público-alvo e o volume de venda dos produtos. Resumindo, o atacado vende em grande quantidade, principalmente, para pessoas jurídicas e revendedores. Já o cliente do varejo costuma ser pessoa física e os produtos, no modelo varejista, são vendidos por unidade.
Por trabalhar com um volume alto de mercadorias, as vendas são feitas por lotes e o atacadista consegue oferecer um preço mais baixo para o cliente. Ele pode chegar a 50% de redução em algumas ocasiões.
No entanto, as formas de pagamentos não são tão flexíveis. Isso porque o modelo de negócio atacadista trabalha com valores altos. Esse tipo de modelo é uma boa opção para fábricas, cooperativas e indústrias. Os clientes são mercados varejistas, supermercados, mercearias e restaurantes, por exemplo.
Fornecedores
O atacado precisa se preocupar em manter o estoque das mercadorias. Assim, os fornecedores precisam ser escolhidos com alguns critérios, como referência, capacidade de fornecimento, prazo para entrega, distância física.
No caso do varejo, a escolha dos fornecedores também é importante, e nesta lista de critérios deve-se acrescentar: o valor dos produtos, do frete, qualidade. Ao escolher um fornecedor local, o pequeno negócio pode pedir indicações para outros empresários e também pode manter um cadastro com seus fornecedores.
VarejoComo o varejo atua em um processo que envolve impostos e custos embutidos no valor final do produto, o seu preço nem sempre consegue ser competitivo. Além disso, o varejista leva em consideração a logística, controle e prevenção de perdas, de despesas com salários de funcionários, com água e luz, aluguel e embalagens. São custos que fazem com que os produtos custem um pouco mais caro. A vantagem, ao contrário do atacado, está nas formas de pagamento, que conseguem ser mais flexíveis.
Outro diferencial é no comportamento do cliente. Se no atacado, o cliente busca grandes quantidades e uniformidade dos produtos, no varejo, o perfil muda. O varejista precisa estar próximo do seu cliente, ter uma localização privilegiada. Ele também deve investir na sua infraestrutura e na apresentação e variedade dos seus produtos.
Ciclo de vida do varejo
O ciclo de vida do varejo é semelhante ao do produto. No início, o volume de vendas ainda é baixo, podendo causar prejuízo. Depois vem um período de crescimento, quando o negócio começa a se firmar no mercado e as vendas são maiores. Em seguida, as taxas de crescimento estabilizam e, por fim, tem um declínio, quando acontece perda de volume de vendas e transações.
O consumidor
É importante entender o comportamento do consumidor para conquistar novos clientes e trabalhar o relacionamento e a fidelização deles. Entendendo cada momento desse ciclo, o pequeno empreendedor pode ir ajustando as suas estratégias, pode direcionar seus investimentos de tempo e dinheiro, seja na estrutura, na promoção ou no relacionamento com seu cliente.
O varejista deve preparar um plano de negócios com um cenário pessimista, moderado e otimista, pensando na gestão de caixa e na possível queda de receita. No caso da pandemia de Covid-19, por exemplo, o comportamento do consumidor mudou rapidamente. Muitos consumidores passaram a comprar online ou a pedir que os produtos fossem entregues em casa.
Muitos pequenos negócios passaram para um modo de sobrevivência e tiveram que se adequar à nova realidade. A pesquisa O impacto da pandemia de coronavírus nos pequenos negócios, do Sebrae mostrou que a pandemia mudou o funcionamento de 5,3 milhões de pequenas empresas no Brasil. Mais de 10 milhões tiveram que interromper suas atividades temporariamente.
É preciso estar preparado e entender o seu modelo de negócio. Não se esquecendo de fazer um acompanhamento constante dos cenários e das suas estratégias.
Fonte: www.sebrae.com.br